segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

8) Educação

Carlos U Pozzobon

" I have never let my schooling interfere with my education" — Mark Twain

A Educação que falta e a falta de educação

Um dos episódios mais polêmicos dos tempos atuais refere-se ao conteúdo educacional que deve ser utilizado nas escolas para fins de formação de jovens com a finalidade de preparação para a vida profissional. Este tema, mutante e inesgotável, tem sido objeto de discussão por um número não desprezível de filósofos, professores, intelectuais e demais membros da comunidade acadêmica. Em que consiste essas idéias de educação? Em geral, como observa Bertrand Russel, em seu Educação e Vida Nacional, a educação sempre tem sido um instrumento de propaganda dos estados para fins de incutir nos jovens uma mentalidade nacionalista, patrioteira e, não raro, chauvinista e ufanista.


O passado

Nos anos 60 e 70, todo aluno de escola pública sabia que dentro de seu currículo existiam coisas no mínimo suspeitas — seja pela forma, seja pelo conteúdo — no que diz respeito aos conteúdos do ensino, isto porque, ainda em idade tenra, era capaz de descobrir que na biblioteca pública de sua cidade podiam existir coisas muito mais importantes do que aquilo que lhe era ministrado na sala de aula.

Mas o que importa para a sala de aula — e em última análise para o aluno — é que o canudo vêm com a obediência ao que lhe será perguntado sobre o ensinado, e não sobre aquilo que aprendeu por conta própria e que atribuía muito mais importância. Até o dia em que fora da escola e num mercado globalizado, ficará a derrapar nas deficiências entre o que aprendeu pela mão da escola e o que deixou de aprender por conta própria. É por isso que no frigir dos ovos, um aluno com baixas notas na escola e com grande assimilação de conhecimentos na vida privada poderá ter um destaque muito maior na parte da sociedade voltada para a inovação, produção e consumo (veja bem, uma pequeno pedaço do Brasil inserido na economia globalizada), do que um réles caçador de 'boas notas', tão comum entre espíritos carreiristas em nosso tempo.

Uma explicação para esta dicotomia podemos ler em um editorial do Estadão de 31/08/1992 sobre nosso conteúdo educacional:

"... Quando se faz uma análise superficial do conteúdo programático de nossa escola, comparando-o ao de países desenvolvidos, chega-se a conclusão paradoxal de que nossos cursos podem ser classificados, usando o jargão pseudo-educacional tão em voga, como 'fortes', enquanto um curso colegial nos EUA, por exemplo, seria classificado como 'fraco'. "Ora, uma das características das nações desenvolvidas é a quase total ausência da mentalidade hipócrita-cartorial. Isso significa que, se no colegial norte-americano o programa de Física é um terço do nosso, é porque se constatou que é essa a quantidade de Física que um aluno médio consegue absorver. Aqui no Brasil, não!

"A falta de visão faz que não só se tente cumprir um programa muito mais vasto, consequentemente irrealizável, mas a forma com que a matéria é apresentada é de tal maneira detalhista que se torna virtualmente impossível, ao aluno normal, absorver sequer um décimo dela. No Brasil, não se ensina Física; tenta-se transformar o pobre do aluno num físico. Da mesma forma, não ensinamos Matemática ou Biologia, mas sim nos propomos formar, no primeiro e segundo grau, matemáticos e biólogos.

"Quem vê nossos programas e livros didáticos e não examina nossos estudantes chega à conclusão de que somos um país de gênios que fariam empalidecer de vergonha um Leonardo da Vinci. Realmente impressiona ver um adolescente enunciar, por exemplo, que 'as ligações peptídicas são responsáveis pela estéro-especificidade das enzimas proteicas'.

"Impressiona ainda mais, e de forma altamente negativa, perceber que esse adolescente decorou essa frase e não tem o menor conhecimento de teorias fundamentais como, por exemplo, da evolução das espécies. Como resultado, temos alguns poucos privilegiados que absorvem uma ou outra matéria e uma grande massa que não só não absorve nada, como passa a odiar determinados temas, principalmente os relacionados com Matemática e Ciências Naturais. Somos uma país onde estudantes se dirigem às humanidades não por proficiência, mas por deficiência. Não buscam o conhecimento humanístico pelo prazer intelectual que este possa lhes causar, mas para fugir das ciências chamadas exatas."

"Vivemos, a partir daí, situações embaraçosas, vendo economistas que não sabem calcular porcentagens, cientistas sociais que não sabem interpretar uma estatística e jornalistas que desconhecem assuntos científicos que poderiam ser dominados por uma criança de 12 anos."

Nos anos 50, o diagnóstico era o mesmo. No Livro Ascensão e Queda de Getúlio Vargas, Affonso Henriques já dava o tom:

"O grande mal do ensino no Brasil consiste na preocupação de fazer de cada menino um 'sábio da Grécia'. Ensino livresco em demasia; sobrecarga de línguas, excesso de matérias, de tudo resultando que os jovens saiam do colégio sem que estejam devidamente preparados para as lidas da vida prática que os espera". (ob. cit. vol 3, pg 435)

Com o surgimento da Internet, acabam as limitações do sistema nacional-chauvinista. Acessando a Internet, o jovem ou adulto tem pela frente uma oportunidade de rebelião contra seu 'localismo' muito mais consistente e eficaz do que qualquer idéia abstrata.

Portanto, a educação se torna uma questão de conteúdo e não de forma. De aquisição de conhecimento e não de obtenção de diplomas. A partir de então, todo e qualquer currículo honesto deverá mencionar as habilitações criadas em forma própria, construídas com a alvenaria própria do construtor, e não mais com as roupagens do oficialismo.

Se você contar as passagens de ônibus, os lanches, as matrículas, mensalidades e demais despesas, poderá concluir que é muito melhor aprender por conta própria e com a Internet do que ficar a disposição de aulas expositivas e ter que aprender em horários sonolentos as matérias ditadas por professores não raro de ocasião, chamados as pressas para ensinar um assunto com uma remuneração irrisória, para escolas que só sabem construir prédios, numa época de ensino online completamente independente desta coisa tão ultrapassada quanto um campus.

E se vivemos numa sociedade que não atrai a ciência e tecnologia, porque vive as voltas com seu atavismo sub-sub-subdesenvolvido de preocupações e procedimentos, então é melhor você se posicionar entre aquilo que quer ser (na intimidade e com isso na busca de conhecimento) e o que quer representar (na oficialidade, e portanto no doutorismo, anelismo e tantas simbologias de um Brasil arcaico e desorientado).


O quarto ciclo escolar

A campanha pela sucessão presidencial em 2006 deixou pérolas secundárias passar despercebidas do vezo crítico nacional (como sempre). Entre elas, uma das mais expressivas foi a campanha de Cristovão Buarque. O ex-ministro da Educação centrou seu foco na velha e arrepiada questão educacional do país. Com um discurso de que só a educação é capaz de nos salvar, Cristóvão cruzou o Brasil de norte a sul repetindo a mesma arenga, completamente alheio ao que se passa no âmago da estrutura educacional da Nação.

Ocorre que a confusão mental dos brasileiros está na mesma proporção de suas boas intenções. E Cristóvão passou a ser ouvido e aplaudido e — poucos dias depois — desprezado politicamente. Este é o triste destino daqueles que usam uma causa cheia de platitudes genéricas para evitar de falar no ponto central, demasiado incômodo para políticos cuja profundidade intelectual está no nível dos salamaleques.


Educação e competição

Nós sabemos que a educação tem sido reiteradamente atribuída como a solução para um melhor padrão de vida para a humanidade (de lá). Pois o ponto é o seguinte: todo mundo sabe do fosso educacional do país. Mas ninguém ousa dizer que os jovens não estão vendo por aí exemplos de que o conhecimento adquirido pela educação seja o fator decisivo na conquista de bem-estar social e material. Isso só vale para o primeiro mundo. Ao contrário, o modelo pelo qual as pessoas buscam educação não é pelo benefício do saber, posto que saber é até visto com desconfiança por causa da tradição enroladora dos ocupantes daqueles cargos, onde o anteposto "doutor" vale apenas como simbologia e não como conhecimento. Portanto, o que as pessoas estão buscando é diplomação e não conhecimento.

Educação para o conhecimento é própria de sociedades competitivas. Isto é o contrário do capitalismo de estado, que não precisa de conhecimento, mas apenas de burocratas papelíferos e carimbadores. O capitalismo de Estado precisa de doutores sebentos, de títulos pendurados na parede, de assinaturas majestosas feitas por mãos anelentas e cabeças espertas e enroladoras. Isto não é educação. Educação não é escola. Educação é estilo de vida. A escola entra apenas como catapulta. O resto o indivíduo vai aprimorando na experiência, na curiosidade, na sede do saber e nas atividades de educação continuada.

Ora, qualquer jovem que assiste televisão sabe que as pessoas bem-sucedidas que transitam pela telinha não tem nada a ver com um elevado nível intelectual, e aposto que se tivessem queimado pestanas não teriam conquistado o sucesso que apresentam. Mas se este mesmo jovem frequenta as revistas e jornais vai ficar com a mesma certeza: não são símbolos nacionais pessoas com notável conhecimento intelectual e científico. O país se orgulha de ter elegido um presidente semi-alfabetizado e o senador Cristóvão Buarque fez carreira neste ambiente onde a educação era um aspecto muito secundário para a direção da República. O fato de ser demitido por telefone pelo presidente da República não o exime da responsabilidade pelas iniquidades que mergulharam o Brasil na maior fraude intelectual de todos os tempos.

Como estes borrachos que não param de nos incomodar com a mesma arenga, Cristóvão Buarque repetiu para o Brasil inteiro as mesmas bobagens: "só a educação pode nos salvar."
Um deplorável equívoco para um senador: nossos cursos de ciências humanas são tão ruins, a chamada escola pública ensina tantas mentiras, venera tantos intelectuais atrasados, equivocados e propagandistas do pseudo-socialismo, que os alunos que ali se formam ficariam em melhores condições se recebessem os diplomas sem frequentar nenhuma aula. A saúde mental desta gente seria melhor se os cursos nem sequer existissem. Ou para não ser tão cruel, se fizessem cursos pela Internet em alguma escola estrangeira (de primeiro mundo, pois sim), pagos pelo governo, pois seriam infinitamente mais proveitosos para a vida intelectual da nação, e, sobretudo mais baratos, uma vez que não custariam os carros com motoristas para chefes de departamento e as mordomias do ensino público desperdiçadas num funcionalismo inócuo.

É para este escriba uma certeza — uma lei da brasilidade — que relativamente às ciências ditas humanas, um brasileiro só é possuidor de educação se seu conhecimento for capaz de contrariar o "conhecimento vigente" das escolas públicas. Ou seja, o Brasil não é um país onde o acesso ao conhecimento é difícil e disputado. Muito mais que isso, é um país onde se adquirir conhecimento é uma tarefa dupla: primeiro aprender asnices na escola pública e depois o verdadeiro conhecimento em sua própria casa no que se considera o quarto ciclo escolar. Eis aí como é duro ser educado no país. Naturalmente existem aqueles que ficam só com o conhecimento da escola pública (ou privada). Mas estes não são muito diferentes da maioria analfabeta: são apenas um pouco pior.

Mas deixemos de lado o elixir intelectual da realidade e vamos para o tapete comum do ensino fundamental. Por que o senhor Cristóvão Buarque não foi ao âmago da questão ? Vejamos um exemplo sequer ventilado em todo o horário eleitoral dele:

1) O Ensino é uma punição e não um estímulo. Considere o caso do empresário da região metropolitana de Porto Alegre que altruisticamente decidiu melhorar o nível educacional de seus empregados. Ele não é obrigado a fazer isso. Mas o fez como resposta aos incessantes apelos da mídia pela chamada "responsabilidade social". Depois de matricular seus funcionários, o tal empresário recebe uma visita dos fiscais do Ministério do Trabalho. E o que acontece? Um diploma pelo ato de sensibilidade social? Um coquetel em homenagem a este líder social? Não, nada disso: foi multado por estar dando benefícios indiretos aos trabalhadores, que não podem receber benefícios indiretos sem o correspondente recolhimento à Previdência Social. Este é o benefício que um empresário recebe por melhorar a educação dos seus empregados. Algum comentário do Senador Cristóvão? Alguma passeata de professores de escolas públicas? Algum discurso irado de políticos ? Neca dulcineca.

2) Um dos grandes problemas deste país não é a baixa qualidade de ensino, como tanto se apregoa. Pior que isso: é o ensino da ignorância. 50% dos brasileiros têm opiniões que são disparates aprendidos na escola pública e semi-pública do país. E ignorância não tem solução, pois ignorância não é falta de educação — como se pensava antigamente — mas ensino errado. É mais do que sabido que as madrassas do MST ensinam as virtudes de Che Guevara abertamente. Não há um movimento sequer que conteste estas iniciativas de caráter criminoso para o cérebro de inocentes. O pior de tudo é o aprendizado de besteiras nacionalistóides em nome do patriotismo. Veja por exemplo, o caso das privatizações. Achar que uma empresa estatal "é nossa" por pertencer a uma oligarquia de funcionários públicos vitalícios, que a cada 2 ou 3 anos tungam do erário todo o imposto que a estatal deveria pagar, é um caso de psicopatia para uma mente sana. Mas para os 50% da população é algo natural. Eles simplesmente foram ensinados que as estatais é que representam a nação. E quando empresas privadas brasileiras demonstram um notável resultado no exterior, nem sequer são consideradas como algo condizente com o país.

O caso da Petrobrás é emblemático. Nenhuma empresa estatal guarda tanta mitologia associada à ignorância quanto a Petrobrás (na verdade amigos, semi-estatal, pois os 35% pertencentes ao Estado estão guardados a ferro e fogo apenas para manter os milionários e nada transparentes fundos de pensão). E quando professores universitários da USP vão para os rádios defender o monopólio da exploração do sub-solo, verificamos que a ignorância ensinada é muito mais prejudicial à saúde mental de um povo do que a ignorância iletrada. E como a equação ignorância ensinada + ignorância iletrada atinge mais de 70% da população brasileira, o que faz o senador Cristóvão? Nem sequer toca neste assunto. Isto, aliás, não existe para o universo político brasileiro que ainda acha que frequentar escola é estudar.

Ora, o senador Cristóvão não é o único arauto da salvação pela educação que prefere a posição do homem que não depende da educação. Para o leitor ter uma idéia do descaso que o conhecimento atingiu nesse país, como homem educado o senhor Cristóvão Buarque não passa de um réles professor universitário. Como homem não educado, pois um senador não precisa de diplomas, escolas ou graduações, o senhor Cristóvão Buarque vale e ganha 10 vezes mais. E parece que só 2% dos eleitores não perceberam isso, votando nele.


A Falência do Ensino no Brasil

Enquanto o conhecimento humano se avoluma na razão geométrica em cada década, os centros de ensino em que a preocupação com a transmissão do essencial é moeda corrente vivem a angústia de não saber como proceder para retirar de suas grades curriculares os assuntos que caducaram para inserir os novos saberes, de tal forma que as novas gerações possam absorver os conhecimentos e serem continuadoras da revolução tecno-humanista que avança irrefreavelmente para um novo Renascimento.

Mas no Brasil, onde o confusionismo turbinado vem dando os resultados esperados pelo talibanismo auriverde, descobrimos que as mudanças vão na marcha-a-ré do progresso científico, com escolas criando cursos em que a vigarice intelectual se une de mãos dadas com a falta de escrúpulos e com o oportunismo.

Recentemente a Universidade de Brasília criou um curso de Astrologia, promovido por um Núcleo de Estudos Paranormais, que entre outras matérias se dedica ao estudo da Ufologia e da Cientologia, com remuneração paga pelos cofres públicos. Por sua vez, em São Paulo, a ex-prefeita Marta Suplicy, introduziu na rede de saúde pública — durante seu mandato — o tratamento por terapias naturais, não reconhecidas pelo Conselho de Medicina, tais como aromoterapia, ciência dedicada a cura pelo aroma, a cromoterapia, a terapia floral, a iridoterapia, para tratamento de doenças pela interpretação da iris, e até a geoterapia, uma terapia que consiste em manipulação de argilas e similares.


Teologia Ubandista

Por sua vez, o Ministério de Educação (prestem atenção: eu disse o MEC) autorizou a Faculdade de Teologia Umbandista, que além de estudos teológicos, também ensina Psicologia Umbandista, Botânica Umbandista e Biologia Geral e Espiritual. Como se sabe, são disciplinas que o resto do mundo deve sentir um alto grau de ciúmes e inveja por não tê-las entre seus currículos, e que certamente deve causar um orgulho extraordinário aos professores e alunos diplomados com semelhantes esforços e cuja contribuição ao desenvolvimento nacional é sem dúvida alguma um patrimônio cultural indeclinável. Não é de se surpreender se dentro em breve não assistiremos uma corrida de estudantes de todo o mundo para adquirir estes conhecimentos tão notáveis produzidos pelas autoridades brasileiras.


Profissionais de briquedo

No entanto sobram faculdades de direito, medicina, letras, jornalismo e quetais. E os profissionais expelidos por elas na esteira da diplomação em série, saem mal-formados, a maioria despreparada e cujas consequências estão no noticiário dos erros médicos, no descalabro dos tratamentos hospitalares, na titulação de advogados que não sabem escrever e que não viveram nenhum círculo intelectual em suas faculdades, na diplomação de jornalistas que não sabem redigir e que não tem capacidade intelectual de associar um fato a um precedente histórico. E o grau de degeneração aumenta com a desordem institucional do Brasil.


Consicência Negra

Recentemente a USP abriu um curso de Consciência Negra. Como se sabe, trata-se de um curso onde são ministrados diversos ensinamentos que vão titular pessoas para ocuparem posições relevantes em nosso vira-bostismo estatal. Só pode ser isso. Deve ser a preparação para que nossos afrodescendentes se sintam na posição de oligarcas. E emulando estas iniciativas, logo-logo surgirão cursos do tipo Consciência Índia ou Consciência Asiática. Não seria surpresa se no futuro aparecer anúncios de empregos onde a diplomação vai ser exigida apenas para ter certeza de que o pretendente à vaga deve ser descartado por causa do currículo. Pois se o fulano de tal frequentou aquele curso, é um sinal inequívoco de que não serve. Da mesma forma que nos anos 70 se falava em erudição inútil, o século XXI vai ser pródigo em "titulação perigosa" ou qualquer coisa do gênero.

Assim chegamos ao cume do fator educacional: a tradição de representação. O profissional não está circunscrito a seu exercício, mas as prerrogativas sociais que o diploma lhe confere. O doutorismo brasileiro é tema que veio à tona pelas mãos de Monteiro Lobato lá atrás nos anos 20. Em seu livro Mundo da Lua, o tema é tratado como uma herança da escravidão. Atualmente, perdeu esta característica; o doutorismo se converteu em um duplo sentido: por um lado, um requisito autobajulador das oligarquias e, de outro, um importante degrau na escala de salários do funcionalismo. No meio destes, os verdadeiros vocacionados para as profissões, os cientistas e intelectuais "sem lenço nem documento", tendo que conviver com seus semelhantes que conseguem títulos na base do "corre que a aposentadoria melhora".

FIM


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